[SINTAXE] ORAÇÕES SUBORDINADAS
Em
alguns casos, as orações cumprem o papel de termos de outras orações, ou seja,
estão subordinadas a elas. Essas orações criam uma relação de dependência com
as orações principais.
Observe
a tirinha abaixo:
Na 1º
quadrinho, a mulher diz: “Já disse que só funcionamos no horário comercial”.
Temos um período composto, já que
possuímos duas orações, uma estruturada em torno do verbo dizer e outra,
em torno no verbo funcionar. Repare que a segunda oração complementa o
sentido da primeira, cumprindo o papel de objeto direto do verbo “dizer”.
Lembre-se de que quem diz, diz algo!
Vamos
entender melhor, então, o que são as orações subordinadas.
ORAÇÕES
SUBORDINADAS: cumprem o papel de um termo da oração principal e dividem-se em
três grupos, de acordo com a função sintática que desempenham e a classe de
palavras a que equivalem. Podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais.
Para notar as diferenças que existem entre esses três tipos de
orações, tome como base a análise das orações em destaque nas caixas de texto
abaixo.
Só depois disso percebi a profundidade das palavras dele.
Nessa oração, o sujeito implícito (eu). A profundidade das
palavras dele é objeto direto do verbo percebi. O
núcleo do objeto direto é profundidade e subordinam-se a ele
os adjuntos adnominais a e das palavras dele. No
adjunto adnominal das palavras dele, o núcleo é o substantivo palavras. Só
depois disso é adjunto adverbial de tempo. Conseguiu identificar tudo
isso? Será importante para você perceber como se constrói cada tipo oração
subordinada nessa relação de subordinação entre os termos de uma oração.
Vamos ver que outras formas esse período simples pode assumir ao
ser transformado em período composto.
1) É possível transformar a expressão a profundidade das
palavras dele (objeto direto) em oração.
Só depois disso percebi que as palavras dele eram profundas.
Nesse período composto, o complemento do verbo percebi é a
oração que
as palavras dele eram profundas. Ocorre aqui um período
composto por subordinação, em que uma oração desempenha a
função de objeto
direto do
verbo da outra oração. O objeto direto é uma função substantiva da
oração, ou seja, é função desempenhada por substantivos e palavras de valor
substantivo. É por isso que a oração subordinada que desempenha esse papel é
chamada de oração subordinada substantiva.
2) Pode-se também modificar o período simples original transformando em oração o adjunto adnominal do núcleo do objeto direto: profundidade.
Só
depois disso percebi a “profundidade” que as palavras dele continham.
Nesse período, o adjunto adnominal de "profundidade" passa a ser a oração que as palavras dele
continham.
O adjunto adnominal é uma função adjetiva da
oração, ou seja, é função exercida por adjetivos, locuções adjetivas e outras
palavras de valor adjetivo. É por isso que são chamadas de orações subordinadas
adjetivas as que, nos períodos
compostos por subordinação, atuam como adjuntos adnominais de termos das
orações principais.
3) Outra modificação que podemos fazer no período simples original é
a transformação do adjunto adverbial de tempo em uma oração.
Só quando caí em mim, percebi a profundidade das palavras dele.
Nesse período composto, Só quando caí em mim é uma oração que atua como adjunto adverbial de tempo do verbo da outra oração. O adjunto adverbial é uma função adverbial da oração, ou seja, é função exercida por advérbios e locuções adverbiais. Portanto, são chamadas de orações subordinadas adverbiais as orações que, num período composto por subordinação, atuam como adjuntos adverbiais do verbo da oração principal.





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