[EXERCÍCIOS] MODERNISMO: 1ª GERAÇÃO

 

São Paulo (1924), de Tarsila do Amaral.


A obra “São Paulo”, de Tarsila do Amaral, é uma pintura que faz parte de uma série conhecida como “Pau-brasil”, que incluía paisagens tipicamente brasileiras, tanto rurais quanto urbanas. Neste quadro, a artista preenche a metrópole com ícones de progresso: uma bomba de gasolina (esquerda) e um poste de eletricidade (direita) se destacam em primeiro plano; ao fundo, um bonde, uma ponte de ferro, um edifício em construção e um cartaz com números, além de outros elementos que compõe a tela.

 

Observe o quadro para responder às questões abaixo:

 

1. Analise e registre suas impressões sobre as cores e traços utilizados na obra de Tarsila.

 

2. É possível dizer que existe influência das vanguardas europeias nessa produção. Que características indicam isso?

 

3. O quadro é uma representação da cidade de São Paulo; o que os elementos apresentados indicam sobre o momento histórico e social da sociedade brasileira nesse momento?

 

Agora leia um poema de Ronald de Carvalho.

 

Brasil

Nesta hora de sol puro
palmas paradas
pedras polidas
claridades
faíscas
cintilações

Eu ouço o canto enorme do Brasil!

(…)

Eu ouço todo o Brasil cantando, zumbindo, gritando, vociferando!
Redes que se balançam,
sereias que apitam,
usinas que rangem, martelam, arfam, estridulam, ululam e roncam,
tubos que explodem,
guindastes que giram,
rodas que batem,
trilhos que trepidam,
rumor de coxilhas e planaltos, campainhas, relinchos, aboiados e mugidos,
repiques de sinos, estouros de foguetes, Ouro-Preto, Bahia, Congonhas, Sabará,
vaias de Bolsas empinando números como papagaios,
tumulto de ruas que saracoteiam sob arranha-céus,
vozes de todas as raças que a maresia dos portos joga no sertão!

Nesta hora de sol puro eu ouço o Brasil.
Todas as tuas conversas, pátria morena, correm pelo ar…
a conversa dos fazendeiros nos cafezais,
a conversa dos mineiros nas galerias de ouro,
a conversa dos operários nos fornos de aço,
a conversa dos garimpeiros, peneirando as bateias
a conversa dos coronéis nas varandas das roças…

Mas o que eu ouço, antes de tudo, nesta hora de sol puro
palmas paradas
pedras polidas
claridades
brilhos
faíscas
cintilações

é o canto dos teus berços, Brasil, de todos esses teus berços, onde dorme, com a boca escorrendo leite, moreno, confiante,
o homem de amanhã!

 

4. Observe os verbos destacados no poema (versos de 8 a 15); que imagem do Brasil é apresentada por eles? Justifique sua resposta.

 

5. Transcreva o verso que faz referência à participação dos imigrantes no desenvolvimento do país.

 

6. Como se pode interpretar o uso do plural no verso “É o canto dos teus berços, Brasil, de todos esses teus berços”?

 

7. O “homem de amanhã” é apresentado como “moreno” e “confiante”. O que essas características indicam sobre o povo brasileiro e o futuro do país?

 

8. O eu lírico se refere a conversas que correm pelo ar, essas mostram atividades econômicas importantes para o país. Que atividades são essas? O que elas indicam sobre o momento histórico e social do Brasil nesse momento?

 

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